terça-feira, 2 de novembro de 2010

Ser mulher



é…

… intuir a divindade que habita em si.
… descrever sentimentos que ainda não têm nome.
… acabar e recomeçar, ser de novo e concluir.
co-criar e agir, semear à revelia do tempo.
… abraçar causas que não lembram a mais ninguém.
… ser poesia a todas as horas.
… reprogramar o ADN emocional da sua imagem.
… libertar-se de todo o preconceito com amor-próprio.
… fiar memórias à imagem de Penélope.
… despertar na terra prometida de si mesma.
… transcender o ego com humildade.
… iluminar a aprendizagem do menos bom com gratidão.
… consagrar-se ao amor de Ulisses porque um dia será absoluto!
… olhar para o passado dando-lhe as boas-vindas.
… chorar porque sim…
… ter coragem para se revelar mesmo quando não lhe é permitido.
… amar o seu corpo acima de todas as culpas.
… entregar os restos que ficaram numa bandeja de prata.
… reconhecer cada experiência como a obra da sua vida.
… entoar um mantra no meio do caos.
… manifestar sempre a verdade, seja qual for o resultado da acção.
… saudar o surgimento da própria sombra.
… ver-se ao espelho, em cada transformação, sem cobranças.
… irradiar auto-estima nos bastidores internos.
… ampliar a consciência como uma tecelã hábil na sua arte.
… nunca deixar de ser uma guerreira da Paz.
… unir-se ao silêncio da sua essência.
… desejar que tudo o que foi dito seja concretizado noutra mulher.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Músicas do Mundo I



Descobri esta banda - Ivan Kupala - de S. Petersburgo (adeus Leninegrado) e amo de paixão este tema. Pode-se fazer muito pela tradição sem a tornar grotesca ou caricaturá-la com fachadas em B...
Viva o Mundo!Galya carrega água
O jugo a dobrar
E atrás dela Ivanko
Entrelaça-se como o caramujo

Galya, minha querida Galya
Dá-me um pouco de água para beber
Tu és tão bonita
Deixa-me olhar para ti

A água está na fonte
Vá e beba
Quando eu estiver no jardim
Venha e veja

Eu vim para o jardim
O cuco estava a chorar
E tu, Galya
Maltrataste-me

Mirta deformada
Eu dou-te água
Ivanku, volta!
Vou respeitar-te

Quantas vezes se arrastou
Mas água não queria
Quantas vezes voltou
E não respeitou.