sábado, 20 de junho de 2009

Carminho

Nunca fui ligada ao fado. As minhas origens vêm de uma tradição muito diferente desta música típica de Lisboa. Para além disso, ao longo deste tempo e depois da morte de Amália, acentuou-se uma espécie de filão fadista. A galinha dos ovos de ouro, bastante exportável e consumível fora de portas. Assim, vi desfilar nomes que o representaram mal. E de várias formas. Umas a puxar para o exotismo barato, outras para o pirosismo malabarista, ainda outras para o decalque das voltinhas que a Amália sabia fazer (mas ela fazia-as bem!).
Agora, silêncio. Aqui canta-se fado. MESMO. E eu rendida por esta miúda, que deitou por terra os meus argumentos. Agora já não posso dizer que faduncho... Vou ter de exclamar que Fado! E aplaudir de pé. A Carminho, claro.


PS- Estes vídeos realizados por João Botelho são ao vivo. Não há truques, nem poses. É o que é. E é tão bonito.




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