quarta-feira, 23 de março de 2011

domingo, 20 de março de 2011

Conversa de horteloa

Outra manhã, mais umas quantas bênçãos à minha espera. Calço as galochas verdes, trato de lavar o galinheiro, colocar o que miguei ontem à noite para as Peninhas de Gaia, verificar a água do Sírius, mandar-lhe a bola preferida dele para lá da Cerca dos Aromas. Agarro no ancinho, prestes a iniciar outra fase dos trabalhos, quando a conversa começa.
Elas falam assim:



Daqui nascerá um dióspiro grande e doce...



... muitos outros aguardam esse momento...




Serei uma nêspera gostosa, igual às outras que se espalham pelos ramos...



... Ameixa vermelha ficará...


..multiplicada por tantas mais...


Fico a olhar para cada ramo e cada flor, horteloa pequenina, diante de prodígios tão grandes.

Ruralidades

Clarinha a surgir na foto, Gema à escuta, Estrelinha e Lua atentas à parede, Sírius para lá da rede...

Comunicações...

Clarinha no colinho!Ovo da Estrelinha ao fim da tarde

+ 1 da Lua (pequenino mas é assim mesmo!)

Lua Perigeu










quinta-feira, 17 de março de 2011

As minhas galinhas :)

O 1º ovo posto ontem. Não sei de qual é, mas inclino-me para a Estrelinha.

7:30 no Galinheiro de Gaia
Clarinha no recreio


Clarinha e o sabor do musgo


Gema em pose


Gema-a- tímida, Lua-a-cochin e Estrelinha-a-pedrês



Lua e Estrelinha



Lua (percebe-se porquê...)

terça-feira, 15 de março de 2011

À minha maneira


Estou farta deste massacre pejado de mentiras e acusações sobre a crise. A crise já é há muito tempo. Foi provocada por aqueles que se empoleiraram na cadeira podre deste país.

Eu acuso todos os que falsamente vêm acusar os que foram, na cena anterior, seus acusadores. A porcaria é a mesma feita por incompetentes usurpadores, chulos e amorais. Todos diferentes, todos com o mesmo fito: roubar.

Eu quero um projecto de vida.
Eu sei o que não quero e não quero caricaturas de pretensos revolucionários. Quero homens e mulheres reais, que arregacem mangas e concretizem o que é preciso. Quero conteúdo sem palhaçadas.

Fora com esta gente que conspurcou o meu país.

PS- E depois a revolta é maior quando o pior deles se queixa em directo, que é o caso da entrevista de m**** que o alegado-engenheiro está a conceder...

Desliguei.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Clarinha, a sobrevivente



Clarinha no dia em que chegou a casa


Há estórias que não sabemos porque acontecem. Era uma gaiola com dezenas de poedeiras amontoadas quando uma delas, de súbito, se destaca. Não sei se pela cor de mel, se pelo olhar terninho, se pela sua determinação. Empurrou as outras, veio lá do fundo, abriu caminho e parou à minha frente. O que faço a seguir? Trago-a, claro!

Construir um galinheiro é a tarefa seguinte e que não imaginava ser tão trabalhosa (já me tinha ocorrido essa ideia, mas o tempo foi passando e não havia nenhuma Clarinha no horizonte). Barrotes, rede, arame, verguinhas, muita força de braços e alguns dedos cortados para a parte de "recreio"; pinturas, ajustes no telhado, construção de ninhos em madeira, compra de bebedouro e comedouro (que dê para mais porque uma galinha não se quer só), palha para forrar os ninhos e algum improviso para a área de abrigo e recolhimento. E que tal uma parede cor-de-rosa? E daquele lado um sol e umas luas pintadas? E também um rádio para escutarem música baixinho? Põem os ovos sem stress, acalmam o seu temperamento nervoso, convivem na paz. Pois assim será!

Enquanto isso, Clarinha viveu 5 dias e 5 noites dentro de casa, na maior transportadora de que os gatos, por vezes, são usuários. Um poleiro feito de uma alça larga e grossa de uma mala serviu para se acocorar e ver o mundo de outra perspectiva e o que se fazia nele (eu incluída fosse a cozinhar ou a escrever). Falou comigo e ensinou-me dois tipos de sons: o da conversa sem pressas e o do aviso que a ração estava entornada. Adormeceu várias vezes com festinhas que a "mãe adoptiva" lhe fazia no papo e por baixo do pescoço. Fechava os olhinhos e encostava o bico ao meu dedo indicador.



A primeira vez que viu um gato - o Jembé - assustou-se e chamou-me com um pio estridente. Corri para ela e disse-lhe que AQUILO era um gato muito querido e que só estava a ser curioso como os gatos devem ser, ou não serão gatos... Depois dos ânimos acalmados ela concordou e ele passou a dormir em cima da transportadora, tomando-lhe a guarda. Nunca mais se alterou, nem mesmo com a visão de duas novas cabeças que a espreitavam ocasionalmente, a da Sophia e a do Gabriel . Por isso, no dia em que foi viver para a sua casa nova não estranhou a excitação do Sírius, que latia e gania do outro lado da rede, sem lhe poder chegar (e foi melhor assim, não lhe passasse pela cabeça algum excesso...)
Importante:

As galinhas têm sido consideradas como uma importante fonte de alimento desde há séculos. As primeiras referências a galinhas domesticadas surgem no séc. VII a.C., em cerâmicas coríntias. A introdução desta ave como animal doméstico surgiu provavelmente na Ásia. Apesar de terem sido os Romanos a desenvolver a primeira raça diferenciada de galinhas, os registos antigos mostram a presença de aves selvagens asiáticas na China desde 1400 a.C. Da Grécia antiga, as galinhas espalharam-se pela Europa e os navegadores polinésios levaram estas aves nas suas viagens de colonização do Oceano Pacífico, incluindo a Ilha da Páscoa. A proximidade ancestral com o homem permitiu o cruzamento destinado à criação de diversas raças, adaptadas às diferentes necessidades.

As galinhas, ao contrário da maior parte das aves, não voam. Isso deve-se a diversos factores, entre os principais: não possuírem o músculo peitoral desenvolvido com mioglobina, grande peso corpóreo, e também que, quando tentam alçar voo, sentem cãibras.

Estas aves são animais curiosos e interessantes, tão inteligentes como, por exemplo, gatos, cães, ou macacos. São muito sociáveis e gostam de passar os seus dias todas juntas, a arranhar o chão com as suas patas à procura de alimento, fazer a sua higiene com banhos de terra, empoleirar-se em árvores e apanhar sol.
As galinhas são aves precoces. Por exemplo, as mães galinhas cacarejam para os seus filhos ainda dentro do ovo e eles cacarejam em resposta à sua mãe! A inteligência e adaptabilidade das galinhas torna-as especialmente vulneráveis aos aviários porque, ao contrário da maior parte das aves, os filhotes das galinhas podem sobreviver sem as suas mães e sem o conforto do ninho. Saem do ovo ansiosos por explorar o mundo e prontos para conhecer a vida.


in
http://www.centrovegetariano.org/Article-474-A%2Bvida%2Bdas%2Bgalinhas.html