Aconteceu de novo. Num segundo distraído olhaste o percurso deposto. Nem sabias que dentro de mim um gosto de sol e lua fluía. O mistério impassível derramou nos troncos o mundo oculto das margens.
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Música: Yar Mara - Sufi Shahram Nazeri
Holoteta é uma pessoa ligada ao computador da nave espacial que, através dos seus pensamentos, dirige a sua deslocação "por meio de um conjunto estabelecido de curvas através de uma série conhecida de configurações". Algumas holotetas transcendem a mera experiência de ligação com o computador. in O Bailado das Estrelas de Spider e Jeanne Robinson (1979)
TRONCO DE CINZA
ResponderEliminarQue tronco é este? Será um colosso de cinza que ardeu sem morrer, porque a vida estava para além da morte, recordando que a cinza da natureza é a voz pintada a preto e branco, que nos murmura que somos a derrota do que não podemos vencer? Ou será um braço de neve anoitecido e partilhando a serenidade da praça arbórea, sorrindo por ser o pilar da arquitectura que só a natureza sabe projectar quando as suas margens de cinza respiram a liberdade de poderem respirar o que nós não sabemos respirar? O tronco é a canção das margens que são o coro do seu refrão natural. Assim fala a natureza…
Jorge Brasil Mesquita
-Porque não ser um tronco nú,
ResponderEliminarem vez de cinza?!...
Caro XII: porque o tronco não está nu e raros são os troncos que revelam a sua nudez. A natureza não sabe despir-se, mesmo quando o Outono e o Inverno parecem fazê-lo.
ResponderEliminarJorge Brasil Mesquita
Efectivamente,vivemos em margens diferentes.
ResponderEliminarCumprimentos Jorge.
Aqui respira-se prosa poética e tenho que vos agradecer por isso! Fazeis da Holoteta uma margem especial.
ResponderEliminarBeijos aos dois :-)