quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Corsária II




Uns meses depois do disco ser editado e de ter recebido por parte da crítica as melhores considerações, a editora faliu. Pelo caminho ficou um vídeo por realizar para o qual tinha elaborado o storyboard. Tudo seria passado num sótão imenso, com lençóis brancos pendurados, malas de porão, uma máquina de vento e a minha imagem a preto e branco.


Fotografia de Álvaro Rosendo
Passados 21 anos e muitos filmes, encontrei esta forma de manifestar o universo "garboriano" de que também faço parte...

19 comentários:

  1. Boa noite, Né.
    Evoco, por exemplo, a primeira canção do disco — sublime “Madrugada”:
    «Desejo e veleiro
    imagem ou nevoeiro
    ei-la
    ela
    a madrugada
    já o barco se vai da praia
    apetece-lhe o mar […]».
    Ouvi-a pela primeira vez num período difícil e doloroso: há já duas décadas que me comovo sempre que a reescuto.
    Muito obrigado, Né.
    Bons sonhos.

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  2. UM PRETO E BRANCO LADEIRIANO - I

    Não há resistências que me impeçam de admirar a fotografia. O garboso a preto e branco reflecte o universo do pensamento que se esconde entre o Garboriano e o Ladeiriano.

    Oeiras, 16/10/2009 - Jorge Brasil Mesquita

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  3. UM PRETO E BRANCO LADEIRIANO - II

    Os sons são um universo onde gira o perfume de um sotão desarrumado com os amores da pureza dos lençois brancos, velejando ao vento do preto e branco, descobrindo em cada dedo que tacteia o cabelo negro da solidão, um manifesto de vida por viver, segurando a cabeça que se debruça sobre o silêncio que se sabe viver.

    Oeiras, 16/10/2009 - Jorge Brasil Mesquita

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  4. Olá Hélder, obrigada pela confidência. Corsária foi feita num periodo também ele difícil para mim. Garbo foi a respiração pausada que mantive.
    Um abraço*

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  5. Jorge, surpreende-me sempre com o que diz e como o diz. A atmosfera do teledisco seria essa, sim.
    No entanto, os excertos da actriz disseram melhor o que era preciso dizer :)
    Abraço*

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  6. O CANTO DO DESEJO QUE SE CANTA

    Não é na vela acesa
    De quem não cabe inteira
    Que se apaga a luz presa
    E se acende o fogo da fogueira
    Que cega a cegueira
    Do tempo em que se é passageira
    É na simples flauta pastoril
    Que todo o desejo infantil
    Amadurece tudo o que se sente
    Para além da vida que nos mente
    E floresce a doce semente
    Do canto que vence o cansaço
    E perfuma a beleza de cada passo

    Oeiras, 17/10/2009 - Jorge Brasil Mesquita

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  7. Quantos "alone" seremos? Temo que não seremos os únicos. Solidários, ao menos?

    Jorge Brasil Mesquita

    Oeiras, 20/10/2009

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  8. I want to be let alone.
    Viver assim pode ser bom se soubermos o que fazer com isso, se soubermos estar connosco...
    :)

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  9. Sim..é mais próximo disso,sim.
    Pois eu não sei.Nem sei se quero.
    Será sempre bom partilhar,isso sei.Isso quero.
    Sei que sei estar,não sei.
    O equilibrio em mim é desiquilibrado!
    Por isso compreendo...
    Bj*

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  10. Encontrar o equilíbrio não é tarefa fácil... sempre que caímos no extremo ficamos em permanente fuga. Ou será que é a realidade que negamos? Mas, também, o que é isso...?

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  11. Inverto a questão...o que é fantasia?
    O exemplo que referiste dos extremos,visualmente transfiro-o para aquelas tábuas (agora de outros materiais,é o mais certo) que existem nos parques,em que cada um se senta nos ditos extremos,ora sobe um ora sobe outro...O gozo que dá!A dinâmica é muito mais complexa do que parece...Quando um extremo está no chão o outro está no alto,no entanto o que está no chão parece controlar o que está no alto,e o que está no alto parece gostar da sensação de não ter controlo.(isto quando ambas as partes,se entregam ao mesmo)E invertem-se os papeis.Ora acima ora abaixo.
    Seguindo este racíocinio mal explicado com sentido,é o extremo quem define como nos sentimos,ou é o que sentimos que define o extremo?...
    Experimente-se esta experiência sozinha na tábua,tudo muda.

    Eis a "velha" questão...
    Ser ou não ser.

    Bj*

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  12. Pois neste país,continua-se a publicar e vender musica da treta.
    As boas vozes como a tua e os poemas bem escolhidos ,não são para as maiorias.
    Quando é que crescemos musicalmente em Portugal ???

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  13. Palmas, XII! Muitas! Fascinante a tua exposição. Vou para a tábua e venho a correr contar as impressões. Ser e não ser.. pode ser que se intua uma pista em jeito de descoberta...

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  14. Querida Miaunandinha, também faço essa pergunta. Quando? Quando? Quando? Rabejadores da Europa, como o RJA diz na sua crónica, em tudo!
    Investir na educação, digo eu...
    Bj* (que bom saber de ti)

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  15. A solidão é um lugar difícil de habitar. A linguagem sonora do coração é um ritmo incompreensível para os ouvidos da solidão. Se juntarmos solidão á linguagem do coração percebemos os alinhamentos da música portuguesa.

    Oeiras, 26/10/2009 - Jorge Brasil Mesquita

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  16. Intuição
    Perspectivas

    Jung-Capacidade interior de perceber possibilidades.

    Emerson-Sabedoria interior que se expressa por si própria.

    Kant-Conhecimento que se relaciona imediatamente com os objetos, que mostra realidades singulares e que não dependem da abstração, ou seja, aquilo que se sabe, sem precisar deduzir para concluir.

    Kaplan-Condensação de uma ou mais linhas de pensamento racional, num único momento, em que a mente reúne rapidamente uma gama de conhecimentos e passa para a conclusão, que é a parte do processo que ele recorda.

    Pista
    ou despista? :)

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  17. As pistas descobrem-se pela intuição...que depois são comprovadas com lógica (e muitas vezes sentidas através da Fé!), mas isso é um outro aparte...
    :))
    Bj*

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  18. Ai Garbo que confusão trouxeste contigo!!!... Sei que entendes...

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