Ontem falei do deserto e de novo a minha alma berbere acordou. Por todas as mulheres que acreditam na sagração do cálice.
Djur Djura é o nome de uma montanha na Argélia. Também é o desta mulher berbere que sofreu duras represálias por não se encaixar na tradição familiar. A sua música e poesia são a forma de fazer chegar às mulheres do seu país e do mundo islâmico um poderoso manifesto de liberdade e emancipação. Como Kahina, a sacerdotisa berbere do séc. VII que resistiu à conquista árabe, Djura Abouda ergue um exército leal em defesa da riqueza cultural das suas origens e, ao mesmo tempo, contra a opressão de um sistema ultrapassado.
Djur Djura é o nome de uma montanha na Argélia. Também é o desta mulher berbere que sofreu duras represálias por não se encaixar na tradição familiar. A sua música e poesia são a forma de fazer chegar às mulheres do seu país e do mundo islâmico um poderoso manifesto de liberdade e emancipação. Como Kahina, a sacerdotisa berbere do séc. VII que resistiu à conquista árabe, Djura Abouda ergue um exército leal em defesa da riqueza cultural das suas origens e, ao mesmo tempo, contra a opressão de um sistema ultrapassado.
Magnífico tributo, Né, à coragem e ao inconformismo das mulheres (berberes, beduínas, árabes ou de quaisquer origens e culturas) que resistem à opressão sexista.
ResponderEliminarAs raparigas vão dançar e eu dançarei com elas, convosco.
Olá Né.
ResponderEliminarEeis umas informaçõeszitas complementares ao sucinto e excelente comentário. Djura, além de compositora/cantora é, igualmente, escritora e realizadora cinematográfica e uma ferverosa apoiante dos direitas das mulheres, em geral. Em 1976, encorajada pela resposta que obteve à leitura de poemas seus sobre o seu passado, em kabylia, sua terra natal, formou o grupo por ti referenciado, Djurdjura, formado por duas das suas irmãs e por músicos do Norte de África, França e America. Como referência discográfica aconselho a colectânea "Voice of Silence" de 1993, compilada por David Byrne, com composições extraídas de 4 albuns do grupo, onde se misturam a música tradicional berbere feminina e composições orquestradas.
Oeiras, 19/11/2009 - Jorge Brasil Mesquita
www.comboiodotempo.blogspot.com
Já que o meu cerebro apenas funciona de forma conceptual,
ResponderEliminarAproveito e vou até à duna mais proxima tomar um chá de menta com a Isabelle Eberhardt.
A convite.
A propósito de Isabelle Eberhardt:
ResponderEliminarhttp://periodiccircumspection.blogspot.com/2009/02/isabelle-eberhardt-nasceu-ha-cento-e.html
Se me for permitido, digo à XII que gostaria de o ter por companheiro na duna e no chá com Si Mahmoud Essadi que, certamente, nos leria excertos do seu "Vagabond" e nos ajudaria a comparar memórias e tempos de épocas diferentes. Talvez, o Helder António mostrasse vontade de fazer o mesmo.
ResponderEliminarOeiras, 20/11/2009 - Jorge Brasil Mesquita
www.comboiodotempo.blogspot.com
Irrecusável convite/sugestão, XII e Jorge: um chá no deserto chez Isabelle, em companhia de Paul & Jane Bowles (faríamos escala em Tânger a caminho da Argélia).
ResponderEliminarE, para raiar a perfeição em pleno Magrebe, sob um céu protector, nessa imensidão, a Né não deixaria de (en)cantar-nos (com) as suas belas, quão belas canções!
Iformo que o meu blogue foi suspenso por mim.
ResponderEliminarOeiras, 22/11/2009 - Jorge Brasil Mesquita
Ouço, neste preciso momento, "Seya", de Oumou Sangaré, outra cantora (e que cantora!) que luta no seu país pelos direitos das mulheres.
ResponderEliminarOumou Sangaré :) já a coloquei em destaque. Obrigada Carlos Azevedo!
ResponderEliminarJorge, o que aconteceu com o seu blog???? Esse chá continua de pé? Si Mahmoud Essadi/Eberhardt aguarda-nos...
XII, eu sei que foste indo para lá. Põe-me a abaia à entrada da tenda, sim? Devo chegar pela noite...
Helder, podes levar a nagra para captar os sons do deserto? Tenho a mochila lotada...
Beijo e até logo :) :) :)
Carlos, apenas Carlos, por favor... Carlos Azevedo, assim por extenso, acrescenta-me mais 20 anos em cima! :-)
ResponderEliminar(É uma cantora fabulosa. Aliás, o Mali, em particular, é pródigo em músicos de excelência.)
De nagra aviada, Né...
ResponderEliminarhttp://www.nagraaudio.com/pro/images/information/information_Nagra1.jpg
Que bom saber que vêm todos a caminho!
ResponderEliminarÉ para avisar que vim a Adrar N`Dern com os meus amigos Imashaghen.Fazem questão que veja daqui os corpos celestes.
Presentearam-me com uma Takoba!!! :)
Chego a tempo do chá,sim?
(A abaia está na tenda sim,mas não à entrada!)
Ok Carlos, apenas Carlos ;)) e é verdade, sim senhor: do Mali chega-nos grande música! Destaco Toumani Diabaté porque faz anos no mesmo dia que eu!!!! lolololol
ResponderEliminarSão precisos ossos de ferro para transportar a nagra,Herlder... mas que é o aparelho mais fidedigno que alguma vez houve, ai isso é!Vale a pena o esforço! :)
Okidoki XII, fazemos um desvio e vamos na caravana dos amigos Tuareg até Adrar. Antes disso vou num pulo a Agadez regatear um colar de prata (coisas de mulheres...) :))
Também preciso de dar um pulo a Agadez,Maria!
ResponderEliminarNão te esqueças que ainda temos de ir dançar!...
Já se ouve o tanger da N'djerbâ... também quero aprender a tocar! ;)
ResponderEliminar;)
ResponderEliminarÉ um motivo tão bom como outro qualquer para destacar alguém! :)
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