Passei os meses seguintes a fazer tudo para aceitar o que me foi tirado. Concluí não estar preparada para a complexidade da vida depois da vida. Prefiro sofrer a despedir-me do mundo onde não tenho sido feliz mas, ainda assim, o único que conheço.
As hostes têm vindo a tombar na frente da guerra inevitável entre a vida e a morte. Este combate inútil, determinado desde a génese dos tempos, revolta-me e complica-me a existência precocemente fragilizada pela sombra das perdas.
Na trincheira do pânico vejo esgotar-se a pequena reserva de força. As emoções consomem-se para deixar passar a voz que subsiste apesar de todas as dores.
Sou uma sombra do que fui e enquanto esta chama persistir sobreviverei a qualquer morte – rezo noite dentro.
Por quanto tempo mais?
Querida Né:
ResponderEliminarA única coisa que posso dizer é, citando um antigo professor meu (Paulo Rocha) que por sua vez citava um ditado japonês: O Futuro É Sempre Melhor Que o Passado. É acreditar firmemente nisto que me dá força para enfrentar as agruras do dia-a-dia. A despropósito: sexta-feira lá nos encontraremos no Etnias. Um beijo e até lá!
Querido António,
ResponderEliminarQue bom saber que te vou ver! Saudadinhas tuas.
Beijinhos :)