Holoteta é uma pessoa ligada ao computador da nave espacial que, através dos seus pensamentos, dirige a sua deslocação "por meio de um conjunto estabelecido de curvas através de uma série conhecida de configurações". Algumas holotetas transcendem a mera experiência de ligação com o computador. in O Bailado das Estrelas de Spider e Jeanne Robinson (1979)
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Um registo que passou ao lado das rádios portuguesas que persistem em transmitir, maioritariamente, o lixo de uma certa música estrangeira.
Gold in the Shadow de 2011 contém 12 temas magníficos deste compositor/ multi-instrumentista do Illinois, que trabalhou durante anos como terapeuta na área da saúde mental. Assim fossem todos. Sem artifícios.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Condição constatada
Perdi-me da minha tribo, da minha essência nómada e a falta que tudo isso me faz é incalculável...
Escolhas erradas. Responsabilidades impingidas. Vida de merda, a dos escravos da prosperidade.
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Destiny, destiny protect me from the world
Destiny, hold my hand protect me from the world
Here we are with our running and confusion
And I don't see no confusion anywhere
And if the world does turn
And if London burns I'll be standing on the beach with my guitar
I wanna be in a band when I get to heaven
Anyone can play guitar
And they won't be a nothing anymore
Grow my hair, grow my hair
I am Jim Morrison
Grow my hair
I wanna be wanna be wanna be Jim Morrison
Here we are with our running and confusion
And I don't see no confusion anywhere
And if the world does turn
And if London burns I'll be standing on the beach with my guitar
I wanna be in a band when I get to heaven
Anyone can play guitar
And they won't be a nothing anymore
*Radiohead in Anyone Can Play Guitar
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Mar Adentro
"Mar adentro, mar adentro,
y en la ingravidez del fondo
donde se cumplen los sueños,
se juntan dos voluntades
para cumplir un deseo.
Un beso enciende la vida
con un relámpago y un trueno,
y en una metamorfosis
mi cuerpo no es ya mi cuerpo;
es como penetrar al centro del universo:
El abrazo más pueril,
y el más puro de los besos,
hasta vernos reducidos
en un único deseo:
Tu mirada y mi mirada
como un eco repitiendo, sin palabras:
más adentro, más adentro,
hasta el más allá del todo
por la sangre y por los huesos.
Pero me despierto siempre
y siempre quiero estar muerto
para seguir con mi boca
enredada en tus cabellos."
Ramón Sampedro
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Essência
Essência by NéLadeiras
Miguel Esteves Cardoso/Né Ladeiras
Um fumo verde nos teus olhos vai
Sumo e sede de musgo deles sai
Se se evolar
Se estiolar
Hei-de guardar
A essência do olhar
Nos meus
Um lume branco nos teus olhos arde
Ciúme de fogo que arranco já tarde
Se esmorecer
Se se apagar
Hei-de reter
A essência do olhar
Nos meus
Olhos tardios
Cedo nos teus
Olhos vazios
Cheios dos meus
Para o Hélder António que descobriu a essência há muito perdida.
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Não sou a areia
onde se desenha um par de asas
ou grades diante de uma janela.
Não sou apenas a pedra que rola
nas marés do mundo,
em cada praia renascendo outra.
Sou a orelha encostada na concha
da vida, sou construção e desmoronamento,
servo e senhor, e sou
mistério
A quatro mãos escrevemos este roteiro
para o palco de meu tempo:
o meu destino e eu.
Nem sempre estamos afinados,
nem sempre nos levamos
a sério.
- Lya Luft in Convite
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Fazendo o possivel por lá chegar...
I feel part of the universe
Opened up to meet me
My emotion so submerged
Broken down to kneeling
Once listening
Voices they came
Had to somehow read myself (...)
O corpo tem abóbadas onde soam os
sentidos se tocados de leve ecoando longamente
como memórias de outra vida.
O passado não está ainda pronto para nós,
nem o futuro; é certo que
temos um corpo, mas é um corpo inerte,
feito mais de coisas como esperança e desejo
do que de carne, sangue e nervos,
e desabitado de línguas e de astros
e de noites escuras, e nenhuma beleza o tortura
mas a morte, a dor e a certeza de que
não está aqui nem tem para onde ir.
Lemos de mais e escrevemos de mais,
e afastámo-nos de mais. pois o preço
era muito alto para o que podíamos pagar .
do silêncio das línguas. Ficaram estreitas
passagens entre frio e calor
e entre certo e errado
por onde entramos como num quarto de pensão
com um nome suposto. E, quanto a
tragédia, e mesmo quanto a drama moral,
foi o mais que conseguimos.
A beleza do corpo amado é, eu sei,
lixo orgânico; e usura, de novo usura;
com o oiro e com o mármore
dos dias harmoniosos construímos
quartos de banho e balcões de bancos;
e grandes gestos, agora, nem nos romances,
quanto mais nos versos! E de amor
melhor é não falar porque as línguas
tornaram-se objecto de estudo médico
e nenhuma palavra é já suficientemente secreta.
Corpo, corpo, porque me abandonaste?
«Tomai, comei», pois sim, mas quando
a química não chega para adormecer
a que divindades nos acolheremos
senão àquelas últimas do passado soterradas
sob tanta chuva ácida e tanta História,
tanta Psicologia e tanta Antropologia?
A memória, sem o corpo, não cintila nem exalta
e, sem ela, o corpo é incapaz de nudez
e de amor. Agora podemos enfim calar-nos
sem temer a solidão nem a culpa
porque já não há tais palavras.
Manuel António Pina in Separação do Corpo
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