quinta-feira, 22 de março de 2012

Dia Mundial da Água



* Num mundo habitado por 7 mil milhões de pessoas e que aguarda por mais 2 mil milhões até 2050, questões como a segurança alimentar e acesso a água potável não podem ser ignorados. As estatísticas referem que cada um de nós consome em média... 2 a 4 litros de água por dia, no entanto, a maioria desta água está integrada nos alimentos. Por exemplo, produzir 1 quilo de carne de vaca consome 15 mil litros de água enquanto para a produção de um quilo de trigo são “apenas” necessários 1500 litros.

Actualmente mil milhões de pessoas passam fome e uma vez que os recursos hídricos já estão sob pressão é necessário agir para mudar o paradigma. Neste Dia Mundial da Água, as Nações Unidas alertam que “o mundo está com sede porque nós estamos com fome.” Como tal sugerem uma série de acções que cada um de nós pode adoptar no dia-a-dia para diminuir a nossa pressão sob este recurso: Seguir uma dieta mais saudável e sustentável, consumir produtos que precisam de menos água para serem produzidos e reduzir o desperdício de alimentos. Cerca de 30% dos alimentos produzidos nunca são consumidos e a água utilizada para os produzir está definitivamente perdida.

Segundo a Quercus o Plano Nacional da Água continua muito atrasado, dado que deveria ter sido publicado em 2010. Trata-se de um instrumento de gestão das águas, de natureza estratégica, que estabelece as grandes opções da política nacional da água e os princípios e as regras de orientação dessa política, a aplicar pelos Planos de Gestão de Bacias Hidrográficas e por outros instrumentos de planeamento e gestão dos recursos hídricos.

As metas de saneamento também ainda estão longe do objectivo proposto, registando-se um desvio de 9% na drenagem e de 19% no tratamento de águas residuais. Verificam-se ainda muitos casos de descargas ilegais provenientes de indústrias ou de instalações agro-pecuárias, degradação das margens dos cursos de água, com depositação de resíduos nas suas margens, proliferação de espécies invasoras e ocupação indevida dos leitos de cheia. A instalação de infraestruturas hidroelétricas diversas nos cursos de água afectam de forma muito significativa a conectividade e a ligação ao longo dos mesmos. Estas infra-estruturas não só afectam os caudais dos rios, como contribuem muito significativamente para a degradação da qualidade da água e impedem a passagem de peixes migratórios, muitos destes com elevado valor económico.

*Retirado de Naturlink e corrigido ao abrigo do meu direito discordante sobre o acordo ortográfico

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