Pintei as memórias de azul, derramei as fases da lua sobre os meus gestos, alguns insensatos. Costurei ao azul dos meus vestidos todas as lembranças gratas. Prendi búzios azuis nas minhas tranças africanas. Azul vertiginoso a desfazer cansaços, azul intenso a esbater excessos. Azul sobre a planície crepuscular, azul diagonal e indefinido. Olho as minhas luas em queda livre como se fossem aves desgarradas e gastas. No banco azul do jardim deixo-me entardecer e faço um gesto que se confunde com o som de um realejo distante.
*Música: Moon and Moon – Bat for Lashes
Se precipitares o amarelo sol sobre o azul lua
ResponderEliminarterás o verde mar...
Timoneira do teu próprio realejo.