E as Festas do Almonda já foram, assim como o baile-por-entre-as-mesas-da-barraquinha. Foram noites intensas de muito trabalho e olheiras a condizer, mas também de muito amor à camisola e com música de grande qualidade a acompanhar.
Danças Ocultas um concerto belíssimo, que só pecou por não ter sido feito num local como, por exemplo, o auditório da Biblioteca Gustavo de Bivar Pinto Lopes, que tem capacidade para 100 pessoas, mas bem mais adequado para o efeito. O público dispersou-se e, como acontece em ambientes ao ar livre, o ruído das conversas, brincadeiras e risadas, sobrepunha-se a tudo. Sei como é bem desconfortável quando isso acontece.
A Municipale Balcanica, que tocou no palco 2, foi a festa que foi. Parecia que tínhamos o "diabo no corpo" aos pulos e saltos.
Só para terem uma ideia...
No dia seguinte, uma enchente no Jardim das Rosas pôs-nos de "prevenção". Se houve noite em que demos o litro todo e mais que houvesse, foi nesta.
João Gil com Tito Paris e os Shout fizeram um "concertão". As canções que o João compôs ao longo da sua carreira acompanhadas pelo público do início ao fim provaram o seu talento. Havia uma alegria naquele palco, de quem adora o que faz, que me fez sorrir emocionada. Tito Paris voltou a deslumbrar (esteve nestas festas o ano passado com um concerto memorável). Não me vou esquecer de Nha Pretinha. Nunca.
No sábado levantou-se um ventinho desconfortável. As toalhas das mesas tentavam levantar voo mas, mesmo assim, a barraquinha encheu e quem nela servia não teve mãos a medir!
A Orquestra Típica Fernandez Fierro trouxe o Tango para o Jardim. Fiquei fã e já encontrei no CDGO Mucha Mierda e Tango Antipánico, que encomendei. Falta Vivo en Europa, Destrucción Masiva e Envasado en Origen.
Fã fiquei dos Diabo a Sete, que foram uma total surpresa para mim. Passo a transcrever esta apresentação do grupo:
"Acreditamos que os ritmos e melodias que tocamos e que ouvimos por todo o país, seja em recolhas seja no labor musical de outros grupos, não são meros ecos de um passado mumificado.Traduzem, isso sim, uma forma de interpretar a riqueza musical do nosso país, feita de permanências, esquecimentos e cruzamentos fecundos com outras culturas. Se o lustro que habitamos é aquilo a que se convencionou chamar de música tradicional, não o fazemos, contudo, com o intuito de recuperar uma pretensa pureza perdida ou de tratar em termos de rigor científico as sonoridades e os instrumentos. Transportamos ritmos e sons já outrora esboçados, mas com o intuito de fazê-los reviver, através das nossas experiências e do prazer que sentimos em tocar. É com estes ingredientes que pretendemos agitar um caldeirão antigo e de lá extrair algo de novo. (Diabo a Sete)
"Somos uma espécie de cozido à portuguesa, com menos couve e muito mais enchidos..."
Não podia estar mais de acordo com o que foi dito à excepção dos enchidos... (que a minha alimentação é vegetariana eheheheh)
Perdi Municipale Balcanica??.. :(
ResponderEliminarPerdeste sim.... :-(
ResponderEliminarCompletamente de acordo com o que escreveu sobre a Teresa Salgueiro. Tenho um disco do Sérgio Godinho, "O Irmão do Meio", no qual a Teresa Salgueiro canta "Pode Alguém Ser Quem Não É" de forma brilhante, precisamente porque não se esforça em cantar com aqueles agudos a que recorria nos Madredeus. E a sua voz natural é muito mais bonita.
ResponderEliminarA voz natural da Teresa é muito bonita MESMO! :)
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