Lula Pena.
Adoro a voz desta mulher.
Cantou no palco 2 depois da Orquestra Imperial ter levado os tais "clássicos de salão" ao palco 1.
Não me vou deter muito sobre eles. É música brasileira, adere-se com facilidade à dança mas, dentro do género, prefiro a Música Ligeira.
Lula Pena é de uma intensidade arrepiante. A voz grave e o vibrato invulgar não parecem deste mundo. Sempre a achei muito mais do que uma cantora que toca guitarra, ou do que uma intérprete de fados e tangos. Ela é feita disso tudo mais aquele "it" que uns têm e outros não... Está a horas luz do reduto mortal. Ela é tronco, raiz e copa. Ela é pássaro e lince. Ela é complexa. Labiríntica. Etérea. Visceral.
Estava a fazer o soundcheck quando cheguei ao Jardim. Final de tarde, algum vento, com os meus pensamentos dirigidos para o trabalho da barraquinha e a imaginar como se iam dispor as mesas para o jantar. Pareceu que o mundo dava uma volta ao contrário. Fiquei ali parada a desejar ser invisível. Lula Pena, sentada numa cadeira, pedia mais som nos monitores, fechava os olhos e cantava com tudo o que tem. Para mim, aquele momento já foi o espectáculo. Senti-me privilegiada e quando mais tarde me apercebi que não ia poder assistir ao momento grande da noite, sorri. Ok, levas uma dor de costas, mas ouviste a Lula sem entremeadas pelo meio!
Adoro a voz desta mulher.
Cantou no palco 2 depois da Orquestra Imperial ter levado os tais "clássicos de salão" ao palco 1.
Não me vou deter muito sobre eles. É música brasileira, adere-se com facilidade à dança mas, dentro do género, prefiro a Música Ligeira.
Lula Pena é de uma intensidade arrepiante. A voz grave e o vibrato invulgar não parecem deste mundo. Sempre a achei muito mais do que uma cantora que toca guitarra, ou do que uma intérprete de fados e tangos. Ela é feita disso tudo mais aquele "it" que uns têm e outros não... Está a horas luz do reduto mortal. Ela é tronco, raiz e copa. Ela é pássaro e lince. Ela é complexa. Labiríntica. Etérea. Visceral.
Estava a fazer o soundcheck quando cheguei ao Jardim. Final de tarde, algum vento, com os meus pensamentos dirigidos para o trabalho da barraquinha e a imaginar como se iam dispor as mesas para o jantar. Pareceu que o mundo dava uma volta ao contrário. Fiquei ali parada a desejar ser invisível. Lula Pena, sentada numa cadeira, pedia mais som nos monitores, fechava os olhos e cantava com tudo o que tem. Para mim, aquele momento já foi o espectáculo. Senti-me privilegiada e quando mais tarde me apercebi que não ia poder assistir ao momento grande da noite, sorri. Ok, levas uma dor de costas, mas ouviste a Lula sem entremeadas pelo meio!
Uma magnífica cantora. Excelente!
ResponderEliminarTenho um CD dela, que adoro, em que canta fados e música brasileira. Há uns anos assisti a um concerto dela numa igreja, em Porto Covo, num final de tarde. Inesquecível!
:)
Não sei se da hora não sei se do estado.
ResponderEliminarSei sim que agora depois de a ouvir (desengane-se quem pensa que a vê) me sinto completamente atordoada.Um semi-estado entre o mergulho e o voo.O tudo.O nada...
Olá Né Ladeira, vim aqui parar porque gosto imenso do seu trabalho. Procurava também uma música que ouvi numa peça de teatro. A letra era sobre uma estrela que levava um recado... Foi há muito tempo... mas gostei tanto e nunca consegui encontrá-la. Tenho pena.
ResponderEliminarUm abraço.