quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Hoje


Eu junto-me aqui comigo. Sou o que vês nem menos nem mais.

Entro e saio, desperto-me junto dos homens que deixam marcas, atiram raízes para o pântano e ateiam fogo às pedras.

O meu corpo não está só entre margens. É tudo o que queiras abraçar. Um mar que já foi rio e um rio que já foi ar.

O ciclo do fogo surge porque é próprio dos abraços incendiar quem espera.

3 comentários:

  1. Já fui fogo que despi
    e, sem sombras, me vesti
    com desejos de abraços
    daqueles que só regaços
    revelam quem se sorri
    ao rio das pétalas doces,
    assim esperava eu que fosses
    no incêndio em que vivi.
    Jorge Manuel Brasil Mesquita
    Lisboa, 29/09/2010

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  2. Que liiiinda!Sinto vontade de lhe dar suaves beijinhos nas pétalas! :)
    Um abraço nunca vem só. Mas vai.
    No meio,o fogo. E o ciclo.
    Nas margens.um abraço.no ar.o fogo.na espera.o ciclo. E uma rosa mergulhada no mar.
    Beijo *

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  3. A sala da nave ficou com o brilho de seis abraços. Podemos continuar...

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Dentro da nave