segunda-feira, 18 de abril de 2011

Dianto


Porque me fazes falta a todas as horas do dia e sempre que apanho pétalas que não quiseram ser mais árvore.

2 comentários:

  1. Saímos ainda a Lua tingia as ramadas dos aloés. Tu apanhavas pétalas para deixares no túmulo do Mestre. Eu falava e murmurava nos jardins onde tinha o sepulcro destinado aquele que viveria. Fui buscar um pano novo, um pote de unguentos raros.Amortalha-mo-LO entre árvores com verdes distantes e pedras cor do Templo antigo. As pombas arrulhavam de mansinho irmanando-se no queixume das outras mulheres.Depois as horas foram céleres e eu recolhi o Sagrado Manto. Todos acreditaram na outra vida que Ele prometera, tu choravas porque o amavas; peguei na tua mão e caminhámos rumo à Luz.

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  2. E a Luz acolheu a neófita incrédula e desolada. A imagem de sangue não se havia descolado ainda dos dias felizes que não sabia.

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Dentro da nave