Isto já foi bonito – diz olhando o rio e lembra-se da festa que sentia de cada vez que uma nova ideia a fazia correr para casa, aquele sossego monástico onde registava a sequência harmónica no seu gravador. E já numa concentração metamórfica que ascendia qualquer estado de transcendência inexplicável, procurava incoerências que não podiam constar do vocabulário que dava à fala daquelas mulheres silênciosas um sentimento que a preenchia.
E assim ficava dias e dias à volta das estórias que aquelas almas lhe haviam confiado.
Não sabe ao certo o que fará com tantas vidas provavelmente continuar pelas margens de cada uma e seguir o rasto de mais silêncios urgentes, que precisem de ser cantados, antes de se despedir do rio que já quase nada lhe diz.
As mulheres silenciosas estão em que canto?...
ResponderEliminarNem sempre o rio desagua no mar!
No meu canto estão, fazem parte dele.
ResponderEliminarO rio fica poluído de impossibilidades...