(...) Agora é tudo igual, prazer e dor,
e a tua sementeira não dá flor,
ó triste solidão que as almas lavras.
e a tua sementeira não dá flor,
ó triste solidão que as almas lavras.
Fernanda de Castro in "E Eu, Saudosa, Saudosa"
Deixei de aderir à suposta alegria formatada das festas colectivas. O fim de ano é uma delas. Não suporto mensagens e desejos altruístas que se têm nesta altura. Há muito que percebi a conveniência destes rituais para se ficar bem na fotografia...
Existem famílias que marginalizam os seus membros durante o ano e chegada esta altura fingem uma paz e um sentimento que nunca existiu. Também há as que não querem saber de todo das suas ovelhas negras, é verdade, e deixam que os anos consumam os proscritos na solidão.
Vi isso quando colaborei como voluntária num lar de idosos. Poucos eram os que tinham alguém para os visitar. A maioria passava os dias festivos a olhar para o vazio, perdida nas suas memórias ou na sua demência.
Depois existem aqueles que se queixam confortavelmente com gente à volta e se vitimizam sem pensar nos condenados expostos muito tempo depois da sua partida definitiva.
Sinceramente, não percebo o que se passa com esta civilização.
Boa noite Né Ladeiras, já faz alguns anos que sigo o trilho da sua obra, mas o dia de hoje foi uma espécie de culminar para mim pois finalmente consegui ouvir o álbum "Corsária" por completo e fiquei arrepiado pois ainda conseguiu superar as minhas expectativas. E por isso ganhei coragem para escrever esta pequena mensagem, a agradecer a oportunidade de ouvir esse modo de cantar, de pronunciar as palavras, as melodias e as suas histórias. Muito Obrigadooooooo
ResponderEliminarLuis Ribeiro
Boa noite Luís,
ResponderEliminarObrigada pelas suas palavras e bem-vindo à "nave" :)
Cara Né Ladeiras, descobri por acaso o seu blog e tenho estado a lê-lo ao som do seu album Sonho Azul, que faz parte do meu imaginario de infância. Que bela voz e que belo ser humano. Obrigado por compartilhar o seu mundo e as suas histórias. Vou continuar a seguir!
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