sábado, 4 de julho de 2009

Na barraquinha


Ontem começaram as festas da cidade.


Estou a servir às mesas da barraquinha das Paróquias de Torres Novas com outras voluntárias. Todos aqui são. Trabalha-se segundo a habilidade e vocação. Temos 2 experts no grelhador a carvão, várias senhoras na cozinha onde preparam com mil cuidados os pratos requisitados e uma espécie de "coyote girls" no bar, onde servem bebidas para todos os gostos.

Eu e as minhas colegas de mesa andamos com as senhas dos pedidos entre a copa e o bar e tabuleiros de várias formas e feitios (o meu é amarelo!) que levam e trazem uma variedade de coisas.


A ementa é deliciosa. Sopa (da pedra, feijão com couve, caldo verde), saladas coloridas a acompanhar sardinhas, entremeadas e febras, batatas fritas e cozidas (feitas na hora), doces caseiros (brigadeiros gigantes, gelatinas de fruta, baba de camelo, bolos à fatia, semi-frios, mousse de chocolate)...


Depois de vestirmos as camisolas vermelhas e azuis com o logótipo da paróquia começa a lide! Andamos ligeirinhas porque queremos servir todos os pedidos e o mais rápido possível, fazemos equilibrismo com as loiças para libertar as mesas, tê-las sempre limpas e preparadas para os próximos clientes. Se uma está a atender as mesas que lhe foram atribuídas em simultâneo, vai logo outra dar uma ajuda no que for preciso. Por vezes, não conseguimos evitar dar um pezinho de dança, porque não há cansaço nem mau humor, que sobrecarregue o nosso estado de espírito. Tudo isto obedece a uma coordenação e cooperação entre todos. Trabalhar pelas causas normalmente resulta assim.





Gostei, especialmente, dos Konono nº.1 e dos Pontos Negros. Entre África ancestral com distorção e o rock de "paixões com acne" senti que os caminhos são muitos para a mesma linguagem. E na música assumimos todas as diferenças porque sentimos, no corpo, que são genuínas.


E agora lá vou eu...! :-))

5 comentários:

  1. Há uns anos, no Festival Músicas do Mundo, em Sines, assisti a um concerto dos Konono nº.1, e gostei muito. Os Pontos Negros não me entusiasmaram tanto, confesso. Mas sim, é verdade: «os caminhos são muitos para a mesma linguagem».
    Um abraço.

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  2. A Cultura "descentralizada",as iniciativas que a promovem,partilhando-a com muitos (outros tantos ainda não querem saber),são uma realidade animadora,num país onde existem mil e uma desculpas,para se ficar sentado em frente à televisão,ou simplesmente,a coscuvilhar sobre vidas alheias.
    A Cultura agradece a mudança de mentalidade!


    Para toda a equipa "trabalhadeira" do voluntariado,o meu enorme e orgulhoso abraço!!
    Consegues equilibrar os Musafir,no tabuleiro amarelo?...

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  3. Obrigada XII, o abraço vai ser levado com muito orgulho também! lol Os Musafir ficarão sempre na forma das flores deste tabuleiro
    :-)
    Carlos, pareceu-me que os Pontos Negros terão evoluído neste intervalo de tempo, embora não os tenha visto no festival de Sines. A actuação foi a de uma banda segura, com canções bem feitas.

    http://www.youtube.com/watch?v=WTXQWEIAj0k
    Acho este tema, em particular, muito bem conseguido, para além do vídeo
    Bjs*

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  4. Expliquei-me mal: não vi os Pontos Negros no FMM de Sines; apenas os Konono n.º 1. Vi os Pontos Negros em Famalicão, numa noite em que actuaram mais bandas da mesma editora. Nessa noite gostei muito de um cantor chamado Samuel Uria (em particular, uma canção intitulada "Tigre Dentes de Sabre").

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  5. Obrigada Carlos pela indicação do Samuel Uria. Fui vê-lo ao Youtube e achei MUITO BOM! Gosto desta troca de informação ;)

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